quarta-feira, 1 de julho de 2009

Pubs Espumantes

quarta-feira, 1 de julho de 2009
A popularização de casas especializadas na venda de champanhe vem chamando atenção. As chamadas champanharias, inspiradas nos bares da Catalunha, investem em ambientação e na qualidade do produto desenvolvido séculos atrás pelo monge beneditino Dom Pérignon (na França, obviamente). O monge virou, inclusive uma das mais famosas marcas da bebida.Um dos desafios encontrados por quem decide administrar um estabelecimento desse tipo, é mudar a ideia que os brasileiros têm do champanhe como um produto diferenciado, a ser guardado para "ocasiões especiais", como Natal, ano novo e casamentos. Tal visão dificulta a popularização das champanharias, mas estas, aparentemente, estão superando as limitações culturais. Isso pode ser constatado ao observarmos a proliferação dessas casas especializadas em diversas cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Porto Alegre. Na capital gaúcha já se tem opções, como o pioneiro Ovelha Negra, o Champub, e o "semi-extinto" Otium, que há cerca de dois meses se tornou tão especializado, que só é aberto diante de pedidos específicos, para eventos ou confraternizações.


O dono da Champanharia Ovelha Negra, Daniel Giacoboni, ressalta bastante a inspiração em bares de Barcelona existente em seu estabelecimento. Ele relata também a falta de credibilidade inicial de amigos e vinícolas ao projeto dele e de seus dois sócios antes da abertura da casa em 2003. Entretanto, os três sempre acreditaram que sua ousadia com responsabilidade poderia trazer bons frutos. Para cumprir seu objetivo de popularizar o consumo de champanhes e espumantes para além de ocasiões especiais, a casa não oferece nenhum outro tipo de bebida alcoólica. Para tornar essa ousadia responsável, os donos e a gerente Juliana Bettin, conhecem os atributos de todas as bebidas servidas na casa, podendo adequá-las ao gosto dos clientes.


Outras características marcantes do lugar são a rusticidade do ambiente, indo visualmente de encontro com a descrição feita pelo próprio dono: “um botequim que vende champanhe”, e a forma como são “contratados” os DJs, pela amizade. Assim, como a gerente conhece o nome de boa parte dos freqüentadores da casa, dando um ar mais receptivo ao bar, os DJs são amigos dela e dos donos convidados, ou auto-convidados, para tocar suas músicas preferidas das 20 às 24 horas, simplesmente por curtirem a tarefa.

Em pouco tempo, a fórmula de Giacoboni e seus parceiros revelou-se certeira. A casa foi ganhando popularidade e histórias. Sua mesa principal serviu de pista de dança para os frequentadores empolgados com os DJs e declamações de poemas gaudérios em um dia da semana farroupilha de 2005 (nesse caso, aliás, o cavalo ficou esperando pelos donos na porta). Apesar de servir um único tipo de bebida e oferecer apenas petiços e sanduíches, a casa prosperou aumentando seu tamanho na unidade gaúcha e abrindo uma nova no Rio de Janeiro e outra em São Paulo. Nesse meio tempo, também foi firmada uma parceria com uma vinícola de Pinto Bandeira, em Bento Gonçalves, para produzir o espumante Ovelha Negra, à venda apenas nas três casas de mesmo nome. Além disso, durante a reportagem, representantes de duas diferentes vinícolas levaram garrafas de seus produtos como amostra para serem testadas pelos donos para serem postas à venda.

Localização:

Ovelha Negra

Champub

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